Lembranças...

...Passaram-se mais de quatro horas, e seus lábios ainda possuíam um ao outro.

Era um domingo onde tudo foi totalmente executado, mas sigilosamente.

O clima abafado juntou-se com o calor de seus corpos, onde transpirava desejos e paixões, seus olhares ao se encontrarem pareciam o mais puro possível, puro de amor e ternura, mas no fundo estava inrrustido  o desejo carnal, onde o desejo levava ao pecado e desilusões. As mãos dadas sentiam-se tremulas pelo nervosismo, sua face passava tranqüilidade no decorrer do caminho, seu sorriso existia malícia, seu hálito chamava a vontade, ao olhar sentia a face queimar, arder, como de o fogo a consumisse por todas suas extremidades.

Sentaram-se, trocaram mais olhares, em um local onde só existia as duas almas, seu suar tinha cheiro que a levava arder em chamas, seus pensamentos eram tão fortes que era fácil de decifrá-los. Com troca de beijos simples com total ternura, aumentou-se a vontade entre os dois meros mortais, o suor aumentava cada vez mais, seus suspiros começaram a ficarem mais fortes, com toques, caricias e beijos, beijos ardentes, com força onde a barba raspava em seu rosto e sentia-se bem por isso, tal que sua boca vermelha transformou-se em total atenção dos seus olhos, foi lhe feita uma pergunta, a resposta foi objetiva, recusou tal ato, mas ocorria insistência, mas o recuo era maior. Houve troca de palavras, beijos adocicados, mas a carne lhe chamava atenção, seu queixo lhe fazia brisas, seu pescoço lhe fazia pecar, sua boca lhe fazia totalmente o amar, seu corpo despertou idéias que jamais haviam despertado.