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sábado, 3 de agosto de 2013

Sobre cinzas




Nicotina, em tempos de caos. Alivia, aconchega, desperta e num instante te rouba. Um furto de forma atroz, considerada pelos céticos, obviamente.
Mas é de uma bipolaridade sem fim, anseio, sofro, desgasto, entro em êxtase e por meio denuncio o saque.

Há quem diga que seja a falta de reconhecer o criminoso como um vício assumido, porém, ah... Os céticos! Perdemos nossos maiores bens a essa ação “cruel” e não consideramos jogo encerrado, que por fim quem vence é o famoso desapego recôndito.

Porém por se tratar de palavras complexas e bipolares, assumo e considero sim meu vício, que tento me nutrir dessa droga ao menos uma vez a cada 7 dias, que no encontro, a vontade domina cada centímetro desse meu sustento de carne e osso.  E num instante estou enrolada em seus cachos de ouro, admirando em silencio e deparando-me a esse lago de ilusões azul, azul infinito.  

Nicotina, suor, sua, cotidiana.
Preciso e me recuso a precisar, entrego-me e tento não me jogar. Será meu vício enquanto durar.


Conscientemente.
 

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