A sensação que tive foi de ter revelado aquilo que me contém além de meus defeitos visíveis.
Arranquei essa estaca que me aprisionou por muito tempo, onde só evidenciou o lado doloroso e perturbador.
Não tive visão, não tive vida... Não tive escolha.
Descobri que qualquer ato, qualquer parte para onde eu olhasse, e existisse vida, poderia servir-me de inspiração.
Sentimentos me despertaram, porém não sabia o nome dos mesmos.
Foi inusitado, nada premeditado, afoguei-me em faiscas e o gelo raspado que bailava através da minha face, cortado em milhões de pedacinhos, entre minhas "mãos", transparecia vida, fôlego...
Um fôlego forte que me deixará durante anos submerso sem poder me despertar.
E seus olhos...
Ah, deusa de pele límpida e branca como essa neve que mistura-se com essa água, denominada lágrimas, que descem pelo meu rosto, cortado, em carne, e que expressa dor.
Por alguns segundos senti-me incluso, com ar, com vida.
Mas passaram-se o mesmo, e dei-me conta de que tudo não passou de uma cena vivida, e de curto tempo.
Que por sinal, ficará guardada por toda minha vida imortal.
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